19.6.25

“Perdidos no Espaço” - Matt Sazama & Burk Sharpless (EUA, 2018-2021)

Sinopse:
Quando os americanos tentam colonizar o espaço sideral, acabam tendo a missão sabotada por uma agência secreta. A família Robinson – formada pelo pai John Robinson (Toby Stephens), a mãe Maureen Robinson (Molly Parker) e os filhos Judy Robinson (Taylor Russell), Penny Robinson (Mina Sundwall) e Will Robinson (Maxwell Jenkins) - se perde em um planeta desconhecido. Agora eles precisam sobreviver a ameaças alienígenas de toda sorte enquanto tentam manter um ambiente harmônico na família, ligeiramente disfuncional. Além dos cinco Robinsons, o núcleo principal conta com o mecânico Don West (Ignacio Serricchio), a passageira clandestina que adota o nome de Dra. Smith (Parker Posey) e um robô (Brian Steele).
Comentário: Trata-se de uma série de televisão americana de ficção científica que é um reboot da série homônima de 1965 criada por Irwin Allen, também baseada no romance de 1812 “The Swiss Family Robinson” de autoria de Johann David Wyss.
Escrito por Matt Sazama e Burk Sharpless, a série possui 3 temporadas, totalizando 28 episódios.
A história se passa em 2046, dois anos após um evento de impacto que ameaça a sobrevivência da humanidade. A família Robinson é selecionada para a 24ª missão da Resolute (24º Grupo de Colonos), uma nave espacial interestelar que transporta famílias e civis selecionados para colonizar o sistema planetário Alpha Centauri. Antes de chegarem ao seu destino, um robô alienígena rompe o casco da Resolute. Forçados a evacuar a nave-mãe, dezenas de colonos, dentre eles os Robinson, caem em um planeta habitável próximo. Lá, eles devem lidar com um ambiente estranho e lutar contra seus próprios demônios pessoais enquanto buscam um caminho de volta à Resolute.
O que eu achei: A série original "Perdidos no Espaço", que foi ao ar de 1965 a 1968, está no imaginário até de quem não assistiu. Eu tinha em torno de 6 anos de idade quando ela foi lançada, mas acabei revendo a série inteira já adulta, o que me deixou bastante curiosa de ver este remake e observar o que fariam de diferente. Se considerarmos que de 1968 (final da série original) até 2018 (início deste remake) passaram-se 50 anos, muita coisa no mundo mudou e o remake fez jus a essas mudanças. Maureen, a mãe da família Robinson, por exemplo, que era basicamente uma ‘dona de casa’ no original, agora ocupa o cargo de engenheira aeroespacial responsável por boa parte do projeto de colonização sideral. Casada com John, um responsável e digno pai de família, no remake ele é um soldado veterano que negligenciou a família em nome do dever e existem altas possibilidades deles se separarem. Quanto aos filhos, a filha mais velha Judy, que no seriado original era a bela e dócil menina que sonhava em se casar, agora é uma estudante de medicina prestes a se formar. Penny, a filha do meio, é uma talentosa escritora que duvida de sua própria capacidade. E o menino Will de 11 anos continua sendo uma criança prodígio, só que agora ele é meio um bebê chorão que está vendo os pais se separarem e não tem pra onde correr. Don West, o bom moço que flertava com Judy na série original, agora é Han Solo, um mecânico excelente e contrabandista nas horas vagas que só pensa em dinheiro. Até o Dr Smith que era o vilão da série original, aqui é um personagem do sexo feminino: uma criminosa que toma a identidade da irmã – Dra. Smith - na tentativa de se refugiar em Alfa Centauro. Claro que a série original tem aquela pegada nostálgica que o remake não tem mas, apesar de uma ou outra pequena falha no roteiro, eu até que gostei, pois mostra cenários incríveis, ótimos efeitos especiais e oferece bons debates em torno de questões filosóficas.