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4.7.23

“A Primeira Noite de Um Homem” - Mike Nichols (EUA, 1967)

Sinopse:
 
Após se formar na faculdade, Benjamin Braddock (Dustin Hoffman) retorna para casa. Indeciso quanto ao seu futuro, ele acaba sendo seduzido pela Sra. Robinson (Anne Bancroft), uma amiga de seus pais. A relação se complica ainda mais quando o rapaz se vê forçado pelos pais a ter um encontro com a filha dela, Elaine (Katharine Ross).
Comentário: Trata-se do filme número 55 da lista dos 100 essenciais elaborada pela Revista Bravo! em 2017. A matéria diz: “O recém-formado Benjamin Braddock chega ao aeroporto, voltando para a casa dos pais após concluir a faculdade, ao som de 'The Sounds of Silence', da dupla Simon & Garfunkel. A abertura de ‘A Primeira Noite de um Homem’ marca duas graduações importantes que fazem referência ao título original. A primeira é a do próprio personagem Benjamin, interpretado pelo jovem Dustin Hoffman. E não apenas em termos escolares, mas também morais. Agora adulto, ele consegue enxergar a futilidade dos pais materialistas e vazios, vê que a sua própria geração está perdida com as transformações sociais e começa uma relação com uma mulher muito mais velha, esposa do sócio de seu pai, e mãe da garota por quem ele se apaixonará mais à frente. Além de Benjamin, o jovem cinema americano estava se graduando. A partir de obras como ‘Bonnie e Clyde’ (1967), ‘Sem Destino’ (1969), ‘Perdidos na Noite’ (1969) e ‘M.A.S.H.’ (1970), Hollywood abandonava a leveza de sua era de ouro para enfrentar temas mais pesados - sexo, violência, drogas, o caos urbano, política e novos valores. ‘A Primeira Noite de um Homem’ mergulha no embate entre duas gerações distintas e na revolução sexual da década de 1960. O filme causou polêmica pelas cenas de nudez e sexo e pela relação entre uma mulher de meia-idade com um rapaz. Benjamin e Mrs. Robinson (Anne Bancroft) protagonizaram alguns dos diálogos mais divertidos e sensuais de suas carreiras. A nova safra de cineastas era influenciada tanto pelo velho cinema dos grandes estúdios quanto pelas ideias europeias de cinema de autor. Do primeiro, tira o potencial mercadológico; do segundo, a liberdade de, por exemplo, permitir que o ator improvise o seu papel. Com apenas 27 anos, Mike Nichols ganhou o Oscar de Direção. E, da mesma forma como aconteceu com os cineastas, houve uma renovação de astros. No lugar dos antigos galãs, como Cary Grant, Gregory Peck e Gary Cooper, os então franzinos Jack Nicholson, AI Pacino e o próprio Hoffman entraram com menos beleza e mais realismo para o panteão da fama”.
O que disse a crítica: Matheus Fiore do Plano Aberto classificou como obra-prima. Escreveu: “Fechando poeticamente a narrativa, temos um dos finais mais incríveis do cinema americano. Escancarando a falta de profundidade das escolhas do protagonista, a direção de Mike Nichols faz questão de focar no rosto dos personagens por tempo suficiente para que fique nítida a reação deles quando compreendem o que fizeram. Mesmo que inicialmente o público tenha uma impressão, os olhares em volta e, posteriormente, a mudança no semblante dos personagens deixam claro o real resultado das escolhas dos jovens. Resta a eles aguentarem o peso de suas escolhas, e ao espectador, imaginar que estes estão fadados a repetir os erros de seus familiares”. 
O que eu achei: Mais de meio século após seu lançamento nos cinemas, “A Primeira Noite de Um Homem” consegue se manter como um excelente filme. É difícil dizer o que é melhor, se é a direção, o roteiro ou as atuações de Dustin Hoffman, Katherine Ross e Anne Bancroft. É inteligente, espirituoso e relevante, pois captura as dúvidas e incertezas de uma geração que questiona os valores de seus pais. A fotografia caprichada também é incrível. Se ainda não viu, não perca. Atenção à maravilhosa trilha sonora de Simon & Garfunkel, em especial a famosa 'Mrs. Robinson'. O filme teve 7 indicações ao Oscar e venceu a categoria de Melhor Direção para Mike Nichols.

29.8.10

"Closer - Perto Demais" - Mike Nichols (EUA, 2004)

Sinopse: Escritor (Jude Law) conhece uma stripper (Natalie Portman) vinda de Nova York e se apaixona por ela. Ao ser fotografado para um de seus livros, ele conhece uma fotógrafa (Julia Roberts), por quem também se apaixona. Na internet, num site de relacionamentos, ele se passa por mulher e conhece um médico dermatologista (Clive Owen). Para se esquivar de um possível encontro com o médico, o escritor usa o nome da fotógrafa e marca o encontro entre ela e o médico.
Comentário: O roteiro foi escrito por Patrick Marber, que também escreveu a peça de teatro homônima na qual o filme foi baseado. Apesar do roteiro ser mediano, aficionados por fotografia acabam tendo um interesse especial pelo filme já que uma das personagens principais é fotógrafa e há cenas de sessões em estúdio e exposições fotográficas.