2.1.25

“Aquele Natal” - Simon Otto (Reino Unido, 2024)

Sinopse:
Um simples Natal se transforma num evento inesquecível para os moradores de Wellington-on-Sea quando a pior nevasca da história altera os planos de todos, incluindo os do Papai Noel.
Comentário: “Aquele Natal” (2024) é um filme britânico-americano de animação produzido pela Locksmith Animation e Netflix Animation. A trama compila pequenas histórias presentes na trilogia de livros: “That Christmas” (Aquele Natal), “The Empty Stocking” (A Meia Vazia) e “Snow Day” (Dia de Neve), do escritor Richard Curtis, um nome já conhecido do cinema por ter tido diversas obras adaptadas para a telona como “Quatro Casamentos e um Funeral” (1994), “Um Lugar Chamado Notting Hill “(1999), “O Diário de Bridget Jones” (2001), “Simplesmente Amor” (2003) e “Yesterday” (2019).
Na direção está Simon Otto (em sua estreia na direção de longas-metragens) a partir de um roteiro escrito pelo próprio Curtis e por Peter Souter.
O filme apresenta histórias interligadas que giram em torno de amor, solidão, erros do Papai Noel e muitos perus soltos pela rua. Em meio à pior tempestade de neve da história, os moradores de Wellington-on-Sea enfrentam desafios emocionais e cômicos, enquanto descobrem o verdadeiro significado do Natal. O filme equilibra momentos de risadas e lágrimas, trazendo uma mensagem universal sobre a importância da união e da família, independentemente das dificuldades.
O cenário da cidade fictícia Wellington-on-Sea foi desenvolvida a partir da aparência e do clima de um condado ao leste da Inglaterra chamado Suffolk, onde o escritor tem uma casa.
A classificação etária é 10 anos.
O que disse a crítica: Pâmela Eurídice do site Cineset avaliou com 3 estrelas, ou seja, bom. Disse: “Nessa esteira, temáticas já conhecidas [do escritor Richard] Curtis estão presentes por todo o longa como o humor britânico peculiar e personagens carismáticos dentro de seus desnorteamentos. Ainda assim, ‘Aquele Natal’ não se aprofunda em camadas que poderia habilitar em figuras como a professora Bárbara e a mãe de Danny, embora haja espaço para embrenhar-se em suas complexidades e dramas. Dessa forma, personagens com potencial, como a própria Bernadete, não são explorados para além dos arquétipos emergentes na trama, contribuindo para que o roteiro soe genérico e com um final previsível”.
Marcelo Costa do site Scream & Yell também avaliou com 3 estrelas. Escreveu: o filme começa com “com uma peça escolar feminista (...) que introduz a história dizendo aos pais presentes que ‘Jesus era descolado. Barba, cabelão, era marceneiro, bem hipsterzinho. Com certeza ele não ia querer a mesma história chata de Natal de todos os anos’, para concluir: ‘Jesus iria preferir um Natal mais moderno, animadaço, com pegada vegetariana, multicultural e repleto de música pop, além de piadas sobre o aquecimento global’.(...) tudo isso com menos de 10 minutos de filme. (...) Daí pra frente, a história ficará mais quadradinha num ritmo meio de montanha russa, já que a seleção de contos que o roteiro costura não é homogênea. Ainda assim, ‘Aquele Natal’ merece o selo ‘sessão da tarde em família’, pois mesmo tendo suas falhas (que seu filho nem irá perceber), cumpre a função de passatempo natalino sem parecer bobinho demais”.
O que eu achei: A animação natalina até começa de forma diferente com uma apresentação de uma peça infantil bem engraçada na qual as crianças utilizam uma melancia para simular a Maria – mãe de Jesus - grávida, mas essa melancia escorrega e se espatifa no chão sujando todos de vermelho sangue!!! Isso enquanto toca uma música da Madonna. Mas tirando esse início hilário, tudo segue como em qualquer desenho de natal, com mil problemas surgindo e os personagens tendo que se ajudar uns aos outros o que o transforma em mais um filme aconchegante e comovente que trata de amor, amizade e superação. Não chega a ser ruim, mas não tem nada de revolucionário. É mais uma animação de natal bonitinha como todos as outras.