26.12.24

“Divertida Mente 2” - Kelsey Mann (EUA, 2024)

Sinopse:
Com um salto temporal, Riley se encontra mais velha, passando pela tão temida pré-adolescência. Junto com o amadurecimento, a sala de controle também está passando por uma adaptação para dar lugar a algo totalmente inesperado: no lugar da Alegria, da Tristeza, da Raiva, do Medo e da Nojinho, agora quem vai mandar no pedaço são a Ansiedade, a Inveja, o Tédio, a Vergonha e a Nostalgia.
Comentário: Trata-se da continuação de "Divertida Mente" (2015) que teve direção de Pete Docter.
No primeiro longa, Riley era uma garota de 11 anos de idade, que estava enfrentando mudanças importantes em sua vida quando seus pais decidiram deixar a sua cidade natal, no estado de Minnesota, para viver em San Francisco. Dentro do cérebro de Riley, haviam várias emoções diferentes, como a Alegria, a Tristeza, a Raiva, o Medo e o Nojo. A líder deles, naquela época, era a Alegria, que se esforçava bastante para fazer com que a vida daquela criança fosse sempre feliz. Entretanto, uma confusão na sala de controle fez com que ela e a Tristeza fossem expelidas para fora do local e elas precisaram percorrer as várias ilhas existentes nos pensamentos de Riley para poderem retornar à sala de controle.
Desta vez Riley está com 13 anos de idade, passando pela tão temida pré-adolescência. Junto com o amadurecimento, a sala de controle mental da jovem também está passando por uma transformação para dar lugar a algo totalmente inesperado: novas emoções. Saem as já conhecidas Alegria, Tristeza, Raiva, Medo e Nojinho, que desde quando Riley é bebê, predominam na central de controle da garota, para entrar em cena a tão temida Ansiedade, a Inveja, o Tédio, a Vergonha e a Nostalgia, que passarão a dominar a mente de Riley.
O filme foi produzido pela Pixar Animation Studios e distribuído pela Walt Disney Studios Motion Pictures. A direção desta vez ficou a cargo de Kelsey Mann, que substituiu Pete Docter, o atual chefão da Pixar e que faz uma pequena participação como a Raiva do pai de Riley.
O elenco de vozes da versão original inclui, entre outros, Amy Poehler, Maya Hawke, Kensington Tallman, Liza Lapira e Ayo Edebiri. Na versão brasileira as vozes são assumidas por Tatá Werneck, Eli Ferreira, Gaby Milani, Fernando Mendonça, Miá Mello, Otaviano Costa, Dani Calabresa e Leo Jaime, dentre outros.
Sucesso de bilheteria nos cinemas, a animação será uma das fortes concorrentes ao Oscar 2025.
O que disse a crítica: Yasser Medina do site Cinefilia avaliou com 3 estrelas, ou seja, bom. Ele até gostou, mas disse que “a história prolonga-se demais numa série de situações que continuam a parecer repetitivas na batalha das emoções que querem impor a sua ordem. Sinto que o filme evita abordar questões mais desafiadoras ou incômodas, optando por caminhos fáceis e seguros (...). As novas emoções, em vez de fornecerem complexidade e nuances, parecem um tanto planas em seu desenvolvimento. (...) Já as emoções antigas não conseguem sequer impulsionar a trama para fugir da rotina dos infortúnios programados. Simplificando, são personagens que considero mais como acessórios estereotipados”. E finalizou dizendo que “é uma sequência normal que, infelizmente, se afasta do nível emocional do primeiro”.
Katiúscia Vianna do site Adoro Cinema avaliou com 4 estrelas, ou seja, muito bom. Escreveu: “’Divertida Mente 2’ é uma alegria (com o perdão do trocadilho) de rever esses personagens tão amados. Com um roteiro afiado e boas piadas, cumpre a missão de ser um filme divertido que também promete ser uma jornada emocional sobre a nossa própria consciência. Se o primeiro filme nos ensinou que está tudo bem em se sentir triste, o segundo mostra que devemos abraçar todas as nossas facetas. A história amadureceu e abriu espaço para conversas mais complexas, mesmo que não seja completamente perfeita. Mas, olha só, ninguém é perfeito. E é justamente isso que nos torna perfeitos”.
O que eu achei: A primeira animação de 2015 tem o mérito da ideia inovadora e da criatividade em representar a mente infantil totalmente dominada por emoções como a Alegria, a Tristeza, a Raiva, o Medo e o Nojo. Esta animação nova, obviamente, já não conta com esse ineditismo que foi tão surpreendente à época, mas se sai bem ao mostrar a menina Riley já com 13 anos e com a sua mente experimentando novas emoções como a Ansiedade, a Inveja, o Tédio, a Vergonha e o começo de uma certa Nostalgia de tempos que já não voltam mais. O roteiro é inteligente e o time de dubladores ajuda tudo a ganhar força. O filme tem a classificação etária livre, mas dificilmente será compreendido por crianças muito pequenas. Porém se você tiver em casa alguma criança com a idade da Riley (em torno de 13 anos) ele é perfeito. Assista junto para poder discutir todas essas novas emoções com ela, especialmente a Ansiedade que pode virar um monstro descontrolado na idade adulta. Sensacional.