11.11.24

“Um Lugar ao Sol” - George Stevens (EUA, 1951)

Sinopse:
 O jovem e pobre George Eastman (Montgomery Clift) deixa sua mãe religiosa (Anne Revere) na cidade de Chicago e vai até a Califórnia na esperança de um emprego melhor. Apesar do alerta para não passar tempo com mulheres na fábrica, ele se envolve emocionalmente com a funcionária Alice (Shelley Winters) e, fora da fábrica, com a milionária Angela (Elizabeth Taylor).
Comentário: Trata-se do filme número 73 da lista dos 100 essenciais elaborada pela Revista Bravo! em 2007. A matéria diz: “Eis um caso de imagens que se tornaram míticas sem razões definidas, fazendo deste ‘Um Lugar ao Sol’ um dos grandes filmes da história do cinema. Parte do encanto deriva da beleza do par central, Montgomery Clift e Elizabeth Taylor, glamourizados pela luz branca refletida em seus rostos, mas a direção de George Stevens construiu outras imagens fortíssimas. Baseado em ‘Uma Tragédia Americana’, romance de Theodore Dreiser publicado em 1925, o conteúdo conservador desse clássico não atinge a crítica social proposta pelo texto original. Por outro lado, o que seria apenas melodrama resulta em um filme inesquecível, história de amor mesclada com tragédia social, cuja intensidade é ampliada pela trilha sonora do polonês Franz Waxman. Na história, George Eastman (Montgomery Clift) é um operário que procura ascender socialmente, namora outra trabalhadora da fábrica, Alice Tripp (Shelley Winters), mas acaba se apaixonando pela rica Angela Vickers (Elizabeth Taylor). Ambos mantêm um caso às escondidas, e o rapaz decide largar a namorada, que, por azar, está grávida. Surge a ideia, então, dele se livrar da namorada, um empecilho a sua escalada. O romance de Dreiser baseou-se num fato real ocorrido em 1906, quando Chester Gillette matou sua namorada grávida. Após ter sido julgado e condenado à morte, em 1908, surgiu a lenda de que o fantasma da vítima assombrava o apartamento onde ela morava, em Nova York. No longa, Clift consegue compor um Eastman ambíguo, apaixonado e encantado com o fausto no qual Angela vive, enquanto o filme julga impiedosamente seu personagem. A intenção de Stevens é trazer à cena uma discussão sobre a desigualdade social em seu país, além de dar importância aos espaços por onde transitam os personagens, entre ambientes claros e escuros, imagens iluminadas e outras embaçadas. Na entrega do Oscar de 1952, ‘Um Lugar ao Sol’ foi indicado a nove categorias e premiado com seis estatuetas, entre elas as de Melhor Direção, Fotografia, Roteiro e Trilha Sonora”.
O que eu achei: Dando prosseguimento à minha meta de assistir aos 100 filmes que a Revista Bravo! listou em 2007 como “essenciais”, desta vez vi “Um Lugar ao Sol” (1951) do diretor de cinema americano George Stevens, de quem eu já havia assistido anteriormente ao famoso “Assim Caminha a Humanidade” (1956), no qual a atriz Elizabeth Taylor também trabalha. A trama é interessante, inspirada em um livro chamado “Uma Tragédia Americana” de 1925 do escritor Theodore Dreiser que, por sua vez, foi escrito inspirado em um fato real ocorrido em 1906, quando Chester Gillette matou sua namorada grávida. De cara o que mais chamou minha atenção foi o nome George Eastman dado ao personagem principal interpretado pelo Montgomery Clift. Como sabemos, esse era o nome do fundador da Kodak. Coincidência ou será que foi proposital? Uma breve pesquisa na internet me fez descobrir que foi uma homenagem a esse homem que popularizou a fotografia e facilitou o mundo do cinema. Então, como esse personagem pobre era sobrinho do dono da fábrica de roupas para quem ele vai trabalhar, nada como escolher um nome forte, importante e muito conhecido nos EUA para soar convincente. O filme é bom, apresenta uma leve escorregada por parte da novata Elizabeth Taylor na cena final, mas talvez seus meros 18 anos de idade justifiquem isso. Fora esse pequeno detalhe, é um filme que tem todos os ingredientes para te manter ligado como romance, assassinato e drama de tribunal. Vale ver, com certeza.