2.7.24

“Jovem Sheldon” - Chuck Lorre & Steven Molaro (EUA, 2017-2024)

Sinopse: Sheldon Cooper (Iain Armitage) é um garoto prodígio de 9 anos que reside no Texas e salta etapas escolares para entrar diretamente no ensino médio, juntamente com seu irmão mais velho George Cooper Jr. (Montana Jordan), mas menos inteligente do que ele. Embora reconhecido academicamente, Sheldon não possui uma compreensão completa de pistas e comportamentos sociais, além de se sentir superior a todos ao seu redor. Seus pais – Mary (Zoe Perry) e George (Lance Barber) -, seu irmão, sua irmã gêmea Missy (Raegan Revord) e sua avó materna Connie (Annie Potts) fazem o que podem para lidar com ele.
Comentário: A série é um spin-off de uma outra série chamada “The Big Bang Theory” (veiculada no Brasil como “Big Bang: A Teoria”) e serve como uma prequela da série, apresentando o personagem Sheldon Cooper como uma criança prodígio vivendo com sua família no Leste do Texas e indo ao colégio.
O ator Jim Parsons, que interpreta o Sheldon Cooper adulto em “The Big Bang Theory”, trabalha aqui como narrador, além de também ser o produtor executivo da série. A ideia original de desenvolverem essa prequela foi dele. No elenco, além de Iain Armitage interpretando Sheldon Cooper criança e de Jim Parsons como narrador, temos:
- Zoe Perry como Mary Cooper, a mãe de Sheldon, uma mulher muito protetora e paciente, cristã devota que bate de frente com o ateísmo do filho que só acredita na ciência. Ela o ama profundamente e quer protegê-lo o tempo que puder;
- Lance Barber como George Cooper, o pai de Sheldon e o principal treinador de futebol americano em Medford High. George não é um homem muito culto e nem parece pai do garoto. Ele luta para obter a compreensão de seu filho superdotado, é um pai amoroso e o defende em múltiplas ocasiões, ganhando o amor e a apreciação do menino;
- Montana Jordan como George "Georgie" Cooper Jr., o irmão mais velho de Sheldon. Georgie o despreza abertamente e nunca hesita em intimidá-lo. Ele não é muito inteligente e também é ridicularizado pelo resto da família, especialmente por Sheldon e pela avó. Georgie esconde inseguranças profundas por se sentir inferior ao seu irmão mais novo enquanto tenta minimizar a inteligência do menino da forma que puder. Ele frequenta Medford High com Sheldon e joga no time de futebol;
- Raegan Revord como Missy Cooper, a irmã gêmea de Sheldon. Ela também não compartilha da inteligência de Sheldon, mas é uma garota muito perspicaz. Ela também provoca Sheldon o tempo todo e sente que, desde que nasceram, a atenção dos pais para com Sheldon é imensa enquanto ela fica de escanteio por ser uma menina normal e não superdotada como ele;
- Annie Potts como Connie, a avó materna de Sheldon. Ela é uma mulher livre, bem à frente do seu tempo. Está sempre muito próxima de Mary e de seus netos, mas não gosta do genro George. Ela é a mais paciente e compreensiva com as peculiaridades de Sheldon.
Uma curiosidade: alguns psiquiatras utilizam esse personagem para exemplificar a Síndrome de Asperger. Para quem nunca ouviu falar, trata-se de um transtorno de causa genética que apresenta características muito parecidas com o autismo. Ocorre com mais frequência em crianças do sexo masculino. Seus sintomas podem surgir logo nos anos iniciais de vida da criança. Os portadores da síndrome mostram quociente de inteligência elevado, porém apresentam dificuldade de socialização e de comunicação não verbal.
A série finalizou com 7 temporadas, totalizando 141 episódios.
O que eu achei: Por gostar muito da série “The Big Bang Theory”, acabei resolvendo assistir este que mostra a família e a infância do personagem Sheldon Cooper. Os episódios, em comparação com a série original, me pareceram bem mais infantis e propensos a agradar inclusive o público infanto-juvenil, pois ela, num primeiro momento, lembra aquelas séries familiares como “Os Waltons” (1972), “Anos Incríveis” (1988) ou mesmo “Todo Mundo Odeia o Chris” (2005). Entretanto, conforme a série avança e o pequeno gênio Sheldon vai crescendo, aquele ambiente agradável e nostálgico vai dando lugar aos problemas familiares. A sogra fica implicante demais, a irmã vai se tornando insuportável, a mãe vira uma beata religiosa fanática e o pai flerta com a vizinha, desmontando aquele aparente conto de fadas aproximando essa família especial de uma família comum com seus altos e baixos e seus problemas de vida real. Os episódios finais - 12 e 13 da 7ª temporada – são muito tristes. O último (14º), que mostra Sheldon já adulto, casado e com dois filhos, escrevendo suas memórias, até tenta levantar o ânimo para finalizar com alguma positividade, mas confesso que terminei de ver com o coração partido. Poderiam ter encerrado antes, sem toda essa tristeza, com o Sheldon simplesmente ingressando na Caltech. De qualquer forma, tirando esses três últimos episódios, é um seriado agradável, que possui uma narrativa envolvente e um elenco talentoso, liderado pelo jovem Iain Armitage. Há momentos emocionantes de crescimento e descobertas do jovem gênio. Além disso a ambientação dos anos 80 e 90 é rica em detalhes nostálgicos, proporcionando uma experiência visualmente agradável que vale ser vista.