
Comentário: Trata-se do filme número 68 da lista dos 100 Essenciais elaborada pela Revista Bravo! em 2007. O texto diz: “Antes de cinema, Elia Kazan foi um homem de teatro. Desta origem, seus principais filmes herdaram uma admirável direção de atores (por suas mãos passaram os míticos Marlon Brando e James Dean) e a habilidade em reter o essencial da carga dramática, transferindo-a concentrada do palco para a tela. É o que mais chama a atenção no impressionante ‘Uma Rua Chamada Pecado’, que tem por base o texto ‘Um Bonde Chamado Desejo’, de Tennessee Williams. Como de hábito no universo do dramaturgo nascido no Mississippi, os personagens carregam valores fortes e enraizados, e o drama consiste, externamente, no confronto entre eles e a sociedade, e, internamente, no conflito moral que acaba por lhes produzir crises psicológicas. É o que acontece a Blanche DuBois (cujo nome ressoa significados de pureza), centro da trama. Ela chega a Nova Orleans, vinda do interior, e se hospeda na casa de Stella, sua irmã, a essa altura casada com o rude Stanley Kowalski (Marlon Brando). A convivência num espaço limitado vai trazer à tona o passado de Blanche, manchado de impurezas, e impedir que ela realize seus ideais românticos ao lado do patético Mitch (Karl Malden). A princípio, Kazan relutou em filmar a peça, que já havia encenado com enorme sucesso anos antes na Broadway, julgando não ter nada a acrescentar a esse trabalho. Mas cedeu à insistência de Williams, que lhe implorou que dirigisse o filme. Uma das razões do apelo do dramaturgo foi o fato de Kazan ter revelado, na montagem teatral, os talentos de Brando no papel de Kowalski. Apesar do ator sentir aversão pelas características do personagem, sua atuação lhe abriu as portas de Hollywood e deu a ele as condições para construir um grande mito, feito de um misto de força bruta, fragilidade emocional e transpiração de sexualidade por cada poro. Além de Brando, o restante do elenco repetiu a distribuição da peça encenada por Kazan, com exceção de Vivien Leigh, que havia encarnado Blanche numa montagem em Londres, sob a direção de seu marido, o também ator Laurence Olivier. O filme recebeu 12 indicações ao Oscar em 1952, das quais ficou com quatro, entre elas os prêmios de Melhor Atriz (Leigh) e de Melhores Ator (Karl Malden) e Atriz (Kim Hunter) Coadjuvantes”.
O que eu achei: A pegada teatral da película é notória, em especial pelo fato de ser na origem uma peça teatral escrita pelo Tennessee Williams, mas também pelo fato do diretor Elia Kazan ser um homem de teatro. A história é bem interessante mas o filme acabou verborrágico demais – mal dá tempo de processar uma fala já entra outra – e arrastado demais – em alguns trechos eu cheguei a me distrair com meus próprios pensamentos. Mas o filme está longe de ser ruim. Marlon Brando está em plena forma e encarna o rude Stanley Kowalski com maestria. Vivian Leigh, Karl Malden e Kim Hunter também se saem bem. É um filme triste, deprimente e amargo. Veja preparado.
O que eu achei: A pegada teatral da película é notória, em especial pelo fato de ser na origem uma peça teatral escrita pelo Tennessee Williams, mas também pelo fato do diretor Elia Kazan ser um homem de teatro. A história é bem interessante mas o filme acabou verborrágico demais – mal dá tempo de processar uma fala já entra outra – e arrastado demais – em alguns trechos eu cheguei a me distrair com meus próprios pensamentos. Mas o filme está longe de ser ruim. Marlon Brando está em plena forma e encarna o rude Stanley Kowalski com maestria. Vivian Leigh, Karl Malden e Kim Hunter também se saem bem. É um filme triste, deprimente e amargo. Veja preparado.