
Comentário: Paul Thomas Anderson (1970) é um cineasta norte-americano nomeado diversas vezes ao Oscar. Assisti dele os excelentes "Boogie Nights - Prazer sem Limites" (1997), "Magnólia" (1999), "O Mestre" (2012) e "Trama Fantasma" (2017) e os bons "Embriagado de Amor" (2001), "Sangue Negro" (2007), "Vício Inerente" (2014) e “Licorice Pizza” (2021). Desta vez vou conferir "Uma Batalha Após a Outra" (2025).
Paulinha Alves do site Canaltech nos conta que "Embora não seja totalmente baseado em um livro, o filme teve como principal inspiração o romance 'Vineland', uma ficção pós-moderna escrita pelo autor Thomas Pynchon, que se passa na Califórnia, Estados Unidos. Ambientada em 1984, ano da reeleição de Ronald Reagan, o livro é contado essencialmente em flashbacks, em que os personagens que viveram sua juventude durante os anos 1960 contam suas experiências sobre o espírito de rebelião da época.
Paul Thomas Anderson, que além de escrever também produziu e dirigiu o longa, colocou a essência da história como pano de fundo de 'Uma Batalha Após a Outra', criando uma trama independente, mas que conta com elementos do romance – especialmente a relação pai-filha.
Qual é a história do filme? 'Uma Batalha Após a Outra' conta a história de Bob Ferguson, um homem que durante sua juventude foi um feroz integrante de um grupo revolucionário. Embora viva agora uma vida apática, na qual se sente cada vez mais afundado em frustrações e tristezas, sua âncora ao mundo real é Willa, sua filha de 16 anos, fruto de um relacionamento que teve com outra jovem revolucionária.
Quando Bob acha que sua vida não pode ficar mais difícil, o pior inimigo de sua época de guerrilha, o Coronel Steven J. Lockjaw, retorna 16 anos depois e sequestra Willa, deixando o personagem completamente sem rumo.
Decidido a resgatar a jovem custe o que custar, o protagonista se reúne então com seu antigos colegas de equipe em uma missão bastante implacável, em que precisará correr contra o tempo para salvar a pessoa que mais ama no mundo.
Além de Leonardo DiCaprio no papel do ex-guerrilheiro, 'Uma Batalha Após a Outra' conta com Sean Penn como o arqui-inimigo do protagonista; Benício Del Toro como Sergio St. Carlos, cúmplice de Bob na missão de resgate; Teyana Taylor como Perfidia Beverly Hills, mãe de Willa; e Chase Infiniti, em sua estreia no cinema, como a jovem sequestrada. Fazem ainda parte do elenco do longa-metragem os atores Regina Hall, Alana Haim, Wood Harris e Tony Goldwyn".
O que disse a crítica 1: Katiúscia Vianna do site Adoro Cinema avaliou com 4,5 estrelas, ou seja, excelente. Disse: " O curioso é ver como o filme guarda bom espaço para humor, mesmo diante de uma crítica tão brutal em sua íntegra. Para começar, Leonardo DiCaprio dá (novamente!) uma interpretação fantástica de Bob - especialmente a partir do segundo ato, quando a situação vai perdendo o controle e vemos o personagem tentar o seu melhor para ajudar a filha, mas se dopou tanto em álcool e drogas que nem lembra mais qual é o código secreto do seu grupo revolucionário".
O que disse a crítica 2: Guilherme Jacobs do site Omelete avaliou com 5 estrelas, ou seja, obra-prima. Escreveu: "'Uma Batalha Após a Outra' encena seus ciclos de caos com um motivador até que simples de um pai e filha tentando se reunir. Boa parte do longa se preocupa com Pat e Willa lutando para não serem separados. Esse contraste, entre o escopo grandioso e a ameaça pessoal, confere ao filme um coração humano no qual podemos nos apegar em meio à bagunça, e valoriza a luta pelo futuro. Para Paul Thomas Anderson, quaisquer resquícios de esperança (...) estão na próxima geração; ou melhor dizendo, na próxima batalha".
O que eu achei: Trata-se de uma adaptação livre para o cinema de um livro do Thomas Pynchon chamado "Vineland". No livro o autor mostra um EUA da época de Reagan como um ambiente movido pela televisão, pelas drogas e com resquícios do movimento hippie. No filme, esse ambiente é reinterpretado atualizando os temas para o século XXI, inserindo na trama questões ligadas à imigração e à forma como agem as polícias. O extremismo também está lá, só que não se trata de um mero embate entre republicanos e democratas, mas sim de uma esquerda revolucionária, formada por homens que usam a luta armada para tentar mudar a situação e, uma direita formada por supremacistas brancos misóginos e xenófobos, composta por empresários e pelo exército, de perfil bem trumpista. Falando assim pode até parecer tratar-se de um filme panfletário, mas ele não é declaradamente um filme de esquerda nem muito menos de direita, pois mostra esses rebeldes como homens frágeis, despreparados e que podem fazer escolhas erradas nas suas vidas. No elenco masculino temos Leonardo DiCaprio no papel de um ex-guerrilheiro fracassado, Sean Penn como um militar embrutecido e fascista e Benício Del Toro como um mestre de artes marciais e líder comunitário. Dizer qual deles está melhor é impossível. Provavelmente serão indicados ao Oscar de Melhor Ator Principal e Coadjuvantes. No elenco masculino temos a cantora e dançarina Teyana Taylor no papel de uma ex-guerrilheira, a jovem Chase Infiniti no papel da filha do DiCaprio e Regina Hall no papel de Deandra, uma guerrilheira e melhor amiga da Teyana Taylor. Apesar dos nomes mais desconhecidos, as três atrizes são uma potência, não será nada espantoso alguma das três aparecer indicada à Melhor Atriz Coadjuvante. Quanto ao filme em si, ele compensa as 2h41m de duração que você não sente passar. Exige atenção, não dá pra ver mexendo no celular, é um filme inteligente, bem amarrado em suas tramas e subtramas, com muita ação e emoção, difícil desgrudar os olhos. Considerando os inúmeros prêmios que ele vem recebendo e as críticas especializadas quase unânimes a respeito das qualidades do longa, não seria um palpite infundado dizer que ele deverá levar vários Oscars em 2026. Com certeza aparecerá indicado à Melhor Filme, Direção, Roteiro Adaptado, Edição, Fotografia, Trilha Sonora, Som ou mesmo na nova categoria Escalação de Elenco. Imperdível.
Paulinha Alves do site Canaltech nos conta que "Embora não seja totalmente baseado em um livro, o filme teve como principal inspiração o romance 'Vineland', uma ficção pós-moderna escrita pelo autor Thomas Pynchon, que se passa na Califórnia, Estados Unidos. Ambientada em 1984, ano da reeleição de Ronald Reagan, o livro é contado essencialmente em flashbacks, em que os personagens que viveram sua juventude durante os anos 1960 contam suas experiências sobre o espírito de rebelião da época.
Paul Thomas Anderson, que além de escrever também produziu e dirigiu o longa, colocou a essência da história como pano de fundo de 'Uma Batalha Após a Outra', criando uma trama independente, mas que conta com elementos do romance – especialmente a relação pai-filha.
Qual é a história do filme? 'Uma Batalha Após a Outra' conta a história de Bob Ferguson, um homem que durante sua juventude foi um feroz integrante de um grupo revolucionário. Embora viva agora uma vida apática, na qual se sente cada vez mais afundado em frustrações e tristezas, sua âncora ao mundo real é Willa, sua filha de 16 anos, fruto de um relacionamento que teve com outra jovem revolucionária.
Quando Bob acha que sua vida não pode ficar mais difícil, o pior inimigo de sua época de guerrilha, o Coronel Steven J. Lockjaw, retorna 16 anos depois e sequestra Willa, deixando o personagem completamente sem rumo.
Decidido a resgatar a jovem custe o que custar, o protagonista se reúne então com seu antigos colegas de equipe em uma missão bastante implacável, em que precisará correr contra o tempo para salvar a pessoa que mais ama no mundo.
Além de Leonardo DiCaprio no papel do ex-guerrilheiro, 'Uma Batalha Após a Outra' conta com Sean Penn como o arqui-inimigo do protagonista; Benício Del Toro como Sergio St. Carlos, cúmplice de Bob na missão de resgate; Teyana Taylor como Perfidia Beverly Hills, mãe de Willa; e Chase Infiniti, em sua estreia no cinema, como a jovem sequestrada. Fazem ainda parte do elenco do longa-metragem os atores Regina Hall, Alana Haim, Wood Harris e Tony Goldwyn".
O que disse a crítica 1: Katiúscia Vianna do site Adoro Cinema avaliou com 4,5 estrelas, ou seja, excelente. Disse: " O curioso é ver como o filme guarda bom espaço para humor, mesmo diante de uma crítica tão brutal em sua íntegra. Para começar, Leonardo DiCaprio dá (novamente!) uma interpretação fantástica de Bob - especialmente a partir do segundo ato, quando a situação vai perdendo o controle e vemos o personagem tentar o seu melhor para ajudar a filha, mas se dopou tanto em álcool e drogas que nem lembra mais qual é o código secreto do seu grupo revolucionário".
O que disse a crítica 2: Guilherme Jacobs do site Omelete avaliou com 5 estrelas, ou seja, obra-prima. Escreveu: "'Uma Batalha Após a Outra' encena seus ciclos de caos com um motivador até que simples de um pai e filha tentando se reunir. Boa parte do longa se preocupa com Pat e Willa lutando para não serem separados. Esse contraste, entre o escopo grandioso e a ameaça pessoal, confere ao filme um coração humano no qual podemos nos apegar em meio à bagunça, e valoriza a luta pelo futuro. Para Paul Thomas Anderson, quaisquer resquícios de esperança (...) estão na próxima geração; ou melhor dizendo, na próxima batalha".
O que eu achei: Trata-se de uma adaptação livre para o cinema de um livro do Thomas Pynchon chamado "Vineland". No livro o autor mostra um EUA da época de Reagan como um ambiente movido pela televisão, pelas drogas e com resquícios do movimento hippie. No filme, esse ambiente é reinterpretado atualizando os temas para o século XXI, inserindo na trama questões ligadas à imigração e à forma como agem as polícias. O extremismo também está lá, só que não se trata de um mero embate entre republicanos e democratas, mas sim de uma esquerda revolucionária, formada por homens que usam a luta armada para tentar mudar a situação e, uma direita formada por supremacistas brancos misóginos e xenófobos, composta por empresários e pelo exército, de perfil bem trumpista. Falando assim pode até parecer tratar-se de um filme panfletário, mas ele não é declaradamente um filme de esquerda nem muito menos de direita, pois mostra esses rebeldes como homens frágeis, despreparados e que podem fazer escolhas erradas nas suas vidas. No elenco masculino temos Leonardo DiCaprio no papel de um ex-guerrilheiro fracassado, Sean Penn como um militar embrutecido e fascista e Benício Del Toro como um mestre de artes marciais e líder comunitário. Dizer qual deles está melhor é impossível. Provavelmente serão indicados ao Oscar de Melhor Ator Principal e Coadjuvantes. No elenco masculino temos a cantora e dançarina Teyana Taylor no papel de uma ex-guerrilheira, a jovem Chase Infiniti no papel da filha do DiCaprio e Regina Hall no papel de Deandra, uma guerrilheira e melhor amiga da Teyana Taylor. Apesar dos nomes mais desconhecidos, as três atrizes são uma potência, não será nada espantoso alguma das três aparecer indicada à Melhor Atriz Coadjuvante. Quanto ao filme em si, ele compensa as 2h41m de duração que você não sente passar. Exige atenção, não dá pra ver mexendo no celular, é um filme inteligente, bem amarrado em suas tramas e subtramas, com muita ação e emoção, difícil desgrudar os olhos. Considerando os inúmeros prêmios que ele vem recebendo e as críticas especializadas quase unânimes a respeito das qualidades do longa, não seria um palpite infundado dizer que ele deverá levar vários Oscars em 2026. Com certeza aparecerá indicado à Melhor Filme, Direção, Roteiro Adaptado, Edição, Fotografia, Trilha Sonora, Som ou mesmo na nova categoria Escalação de Elenco. Imperdível.