
Comentário: José Alvarenga Junior (1955) é um diretor de TV e cinema brasileiro. Ele começou na área da publicidade, fazendo comerciais. Dirigiu diversos programas de tv, novelas e seriados como “Você Decide” (1992-2000), “Sai de Baixo” (1996-2002), “Os Normais” (2001-2003), “A Diarista” (2003-2007), “Chapa Quente” (2015) e várias fases da novela “Malhação”, dentre outros. No cinema ele dirigiu alguns filmes, destacando-se “Os Heróis Trapalhões - Uma Aventura na Selva” (1988), “A Princesa Xuxa e os Trapalhões” (1989), “Os Normais: O Filme” (2003) e “Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas” (2009).
“Os Normais: O Filme” é o primeiro filme que vejo dele. Trata-se de uma prequela do seriado “Os Normais” que ficou no ar de 2001 a 2003, mostrando como Rui e Vani se conheceram.
Érico Borgo do site Omelete nos conta que “O programa era um sucesso nas noites de sexta da rede Globo. Uma das únicas sitcoms nacionais realmente engraçadas e inteligentes. Corajosamente, foi encerrada no auge... destino de seriados de qualidade como ‘Seinfeld’, sua influência direta e inspiração.
Segundo ele, "Felizmente, as desventuras românticas de Rui (Luiz Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres) ganharam uma sobrevida no cinema. ‘Os Normais - O Filme’, escrito e dirigido pela mesma equipe do programa (Alexandre Machado & Fernanda Young - roteiros, José Alvarenga Júnior - diretor), revela o primeiro encontro do casal e as oito horas subsequentes.
O filme começa numa cerimônia de casamento fast-food, daquele tipo que se realiza no sábado à noite e dois ou três casamentos ocorrem sequencialmente, na mesma igreja. Sai um casal e seus convidados, entra outro, bancos de madeira ainda quentes. Rui, o noivo do casamento das 20h, espera na sacristia o seu horário. Entra Vani, querendo um punhadinho de arroz emprestado para a tradicional ‘boa sorte’ aos recém-casados. Solícito, Rui decide ajudar a moça. Entretanto, sua noiva, via celular, recusa qualquer grama de empréstimo do saco de 5kg, guardado ferozmente por uma madrinha gorducha. Começa a confusão que, como todo mundo sabe, culminará na união do casal ‘normal’ da TV.
O início da adaptação causa estranheza. Estamos acostumados a ver Rui e Vani na intimidade, em espaços restritos, já completamente à vontade um com o outro. A bizarra sequência de abertura, justificada mais tarde, também não ajuda. Entretanto, depois do casamento e da festa, cada casal - ele com Martha (Marisa Orth), ela com Sérgio (Evandro Mesquita) - segue para a sua noite de núpcias. A partir daí, o formato transforma-se em algo bem mais próximo do seriado e os próprios atores parecem ficar mais soltos. É aqui que ‘Os Normais’ parece realmente começar. (...) Os roteiristas incorporaram grandes doses de comédia romântica para ajudar a costurar as piadas e quadros rápidos que caracterizaram a série. Uma boa saída, já que um longa-metragem nos mesmos moldes do programa seria uma verdadeira overdose. Legal mesmo é ver como tudo começou, descobrir o motivo do eterno noivado de Rui e Vani.
O que disse a crítica: Luiz Carlos Oliveira Jr.do site Contracampo achou razoável. Disse: “Todo o repertório-chave do programa está lá, incluindo as cenas de estúdio com cenários exageradamente falsos. Num certo sentido é um filme-confirmação (do sucesso do programa, das suas opções estéticas, do tipo de humor de que lança mão), mas que na maior parte do tempo parece incorporar o embromation da música de sua cena de créditos iniciais e edulcorar sua narrativa com versos simultaneamente desavergonhados e displicentes. Um filme de brinquedo que, ao se assumir assim, oscila entre uma ingenuidade de formas e uma imaturidade perversa de conteúdo (os personagens de ‘boca suja’, as piadinhas de duplo sentido, a pornografia soft). Entre o elogio do falso (às vezes até muito bem resolvido) e um inelutável olhar crítico sobre a vida em casal, resta um vazio a ser preenchido não pelo piloto automático ajustado pela trajetória considerável do programa televisivo, mas por uma vontade verdadeira de dizer algo mais além dos palavrões que a Rede Globo não permite no horário nobre”.
Luciano Trigo do site Críticos gostou. Escreveu: “Para o bem e para o mal, ‘Os Normais: O Filme’ não vai surpreender ninguém. Quem se divertiu com os mais de 70 episódios da televisão – como eu – vai dar boas risadas; quem achava o seriado chato vai achar o filme mais ainda. Porque, a rigor, trata-se apenas de um bom episódio, só que produzido para o cinema e com uma hora e meia de duração”.
O que eu achei: Aproveitando que estou revendo no Globoplay o seriado brasileiro “Os Normais” (2001-2003), resolvi assistir o longa “Os Normais: O Filme” (2003) que mostra como Vani (Fernanda Torres) e Rui (Luiz Fernando Guimarães) se conheceram, ou seja, é uma prequela do seriado. Basicamente o que posso dizer sobre o longa é que quem gostava do seriado vai curtir e quem não gostava, também não vai gostar do filme, pois a trama se mantém fiel ao formato já consagrado na tv, apresentando como diferenciação apenas a duração – o filme obviamente mais longo do que os episódios - e a possibilidade dos atores falarem palavrões à vontade, coisa que na tv não era possível. Tanto o diretor do filme (José Alvarenga Júnior), quanto os roteiristas (Fernanda Young e Alexandre Machado), são os mesmos profissionais do seriado, todos já bastante integrados e à vontade para criar uma espécie de episódio estendido, contando com a ajuda de mais dois ótimos comediantes no elenco: Marisa Orth e Evandro Mesquita. Conta-se que o sucesso de bilheteria foi tanto que chegaram a rodar um segundo longa anos depois chamado: “Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas” (2009), que eu ainda não vi, mas que também deverá ser igualmente divertido já que a química entre a dupla Torres x Guimarães raramente deixa a desejar. Atenção à música “Hino dos Malucos” que toca enquanto sobem os créditos finais, na voz da nossa saudosa Rita Lee com o Roberto de Carvalho. A composição é da própria dupla em parceria com a dupla de roteiristas. Assim como o seriado, é filme pra ver sem as crianças na sala, apenas como uma distração de final de semana para rir e relaxar. Não espere nada mais do que isso.
“Os Normais: O Filme” é o primeiro filme que vejo dele. Trata-se de uma prequela do seriado “Os Normais” que ficou no ar de 2001 a 2003, mostrando como Rui e Vani se conheceram.
Érico Borgo do site Omelete nos conta que “O programa era um sucesso nas noites de sexta da rede Globo. Uma das únicas sitcoms nacionais realmente engraçadas e inteligentes. Corajosamente, foi encerrada no auge... destino de seriados de qualidade como ‘Seinfeld’, sua influência direta e inspiração.
Segundo ele, "Felizmente, as desventuras românticas de Rui (Luiz Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres) ganharam uma sobrevida no cinema. ‘Os Normais - O Filme’, escrito e dirigido pela mesma equipe do programa (Alexandre Machado & Fernanda Young - roteiros, José Alvarenga Júnior - diretor), revela o primeiro encontro do casal e as oito horas subsequentes.
O filme começa numa cerimônia de casamento fast-food, daquele tipo que se realiza no sábado à noite e dois ou três casamentos ocorrem sequencialmente, na mesma igreja. Sai um casal e seus convidados, entra outro, bancos de madeira ainda quentes. Rui, o noivo do casamento das 20h, espera na sacristia o seu horário. Entra Vani, querendo um punhadinho de arroz emprestado para a tradicional ‘boa sorte’ aos recém-casados. Solícito, Rui decide ajudar a moça. Entretanto, sua noiva, via celular, recusa qualquer grama de empréstimo do saco de 5kg, guardado ferozmente por uma madrinha gorducha. Começa a confusão que, como todo mundo sabe, culminará na união do casal ‘normal’ da TV.
O início da adaptação causa estranheza. Estamos acostumados a ver Rui e Vani na intimidade, em espaços restritos, já completamente à vontade um com o outro. A bizarra sequência de abertura, justificada mais tarde, também não ajuda. Entretanto, depois do casamento e da festa, cada casal - ele com Martha (Marisa Orth), ela com Sérgio (Evandro Mesquita) - segue para a sua noite de núpcias. A partir daí, o formato transforma-se em algo bem mais próximo do seriado e os próprios atores parecem ficar mais soltos. É aqui que ‘Os Normais’ parece realmente começar. (...) Os roteiristas incorporaram grandes doses de comédia romântica para ajudar a costurar as piadas e quadros rápidos que caracterizaram a série. Uma boa saída, já que um longa-metragem nos mesmos moldes do programa seria uma verdadeira overdose. Legal mesmo é ver como tudo começou, descobrir o motivo do eterno noivado de Rui e Vani.
O que disse a crítica: Luiz Carlos Oliveira Jr.do site Contracampo achou razoável. Disse: “Todo o repertório-chave do programa está lá, incluindo as cenas de estúdio com cenários exageradamente falsos. Num certo sentido é um filme-confirmação (do sucesso do programa, das suas opções estéticas, do tipo de humor de que lança mão), mas que na maior parte do tempo parece incorporar o embromation da música de sua cena de créditos iniciais e edulcorar sua narrativa com versos simultaneamente desavergonhados e displicentes. Um filme de brinquedo que, ao se assumir assim, oscila entre uma ingenuidade de formas e uma imaturidade perversa de conteúdo (os personagens de ‘boca suja’, as piadinhas de duplo sentido, a pornografia soft). Entre o elogio do falso (às vezes até muito bem resolvido) e um inelutável olhar crítico sobre a vida em casal, resta um vazio a ser preenchido não pelo piloto automático ajustado pela trajetória considerável do programa televisivo, mas por uma vontade verdadeira de dizer algo mais além dos palavrões que a Rede Globo não permite no horário nobre”.
Luciano Trigo do site Críticos gostou. Escreveu: “Para o bem e para o mal, ‘Os Normais: O Filme’ não vai surpreender ninguém. Quem se divertiu com os mais de 70 episódios da televisão – como eu – vai dar boas risadas; quem achava o seriado chato vai achar o filme mais ainda. Porque, a rigor, trata-se apenas de um bom episódio, só que produzido para o cinema e com uma hora e meia de duração”.
O que eu achei: Aproveitando que estou revendo no Globoplay o seriado brasileiro “Os Normais” (2001-2003), resolvi assistir o longa “Os Normais: O Filme” (2003) que mostra como Vani (Fernanda Torres) e Rui (Luiz Fernando Guimarães) se conheceram, ou seja, é uma prequela do seriado. Basicamente o que posso dizer sobre o longa é que quem gostava do seriado vai curtir e quem não gostava, também não vai gostar do filme, pois a trama se mantém fiel ao formato já consagrado na tv, apresentando como diferenciação apenas a duração – o filme obviamente mais longo do que os episódios - e a possibilidade dos atores falarem palavrões à vontade, coisa que na tv não era possível. Tanto o diretor do filme (José Alvarenga Júnior), quanto os roteiristas (Fernanda Young e Alexandre Machado), são os mesmos profissionais do seriado, todos já bastante integrados e à vontade para criar uma espécie de episódio estendido, contando com a ajuda de mais dois ótimos comediantes no elenco: Marisa Orth e Evandro Mesquita. Conta-se que o sucesso de bilheteria foi tanto que chegaram a rodar um segundo longa anos depois chamado: “Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas” (2009), que eu ainda não vi, mas que também deverá ser igualmente divertido já que a química entre a dupla Torres x Guimarães raramente deixa a desejar. Atenção à música “Hino dos Malucos” que toca enquanto sobem os créditos finais, na voz da nossa saudosa Rita Lee com o Roberto de Carvalho. A composição é da própria dupla em parceria com a dupla de roteiristas. Assim como o seriado, é filme pra ver sem as crianças na sala, apenas como uma distração de final de semana para rir e relaxar. Não espere nada mais do que isso.