19.12.11

"Drácula, o Príncipe das Trevas" - Terence Fisher (Inglaterra, 1966)

Sinopse: Dois casais ingleses em férias estão viajando pelo leste europeu, nos Montes Cárpatos. São eles, Charles Kent (Francis Matthews), sua esposa Diana (Suzan Farmer), o irmão de Charles, Alan Kent (Charles Tingwell) e a esposa Helen (Barbara Shelley). Eles são abandonados pelo cocheiro em uma floresta supostamente amaldiçoada e acabam encontrando o castelo onde mora o Conde Drácula (Christopher Lee).
Comentário: Segundo Paulo Blob do site Boca do Inferno, "obviamente que depois do sucesso do clássico 'O Vampiro da Noite' (1958), a produtora Hammer estava ansiosa para rodar a sequência deste, só que esbarrava num obstáculo: a recusa de Christopher Lee, agora transformado em astro, de repetir o papel que o alçou a fama. Levou oito anos até convencerem Lee de voltar a usar os caninos e a capa do conde em 'Drácula, O Príncipe das Trevas'. Nesse meio tempo a Hammer chegou a rodar o ótimo 'As Noivas do Vampiro', que a princípio seria a continuação de 'O Vampiro da Noite', porém o filme acabou ficando sem Drácula, reaproveitando apenas o Van Helsing de Peter Cushing. O que era uma sequência, hoje é visto como um spin-off, um apêndice da série. (...) Engana-se quem acha que o acordo entre a Hammer e Christopher Lee para rodar o filme foi um mar de rosas. O ator teria detestado suas falas no script, “Alguém escrevia frases como se eu fosse o Apocalipse. Não dava para acreditar”, segundo o próprio Lee. Resultado: o astro só aceitou esse trabalho se Drácula não tivesse uma linha de diálogo. Sendo assim, fora uns grunhidos, o vampiro entra mudo e sai calado o filme inteiro. Quem vê o pudor de Lee nessa época, ao ponto de privar o espectador de sua voz sepulcral e marcante, jamais imaginaria que o ator mais tarde reencarnaria o conde em tranqueiras como 'Drácula no Mundo da Minissaia' e 'Ritos Satânicos de Drácula', isso sem falar na famigerada versão do livro de Bram Stoker levada a cabo por Jesus Franco". O filme é inferior ao de 1958 mas, mesmo assim, é um bom filme, especialmente se compararmos este à outras produções semelhantes.