25.1.11

"Cinema, Aspirinas e Urubus" - Marcelo Gomes (Brasil, 2005)

Sinopse: O ano é 1942, o mundo vive a Segunda Guerra Mundial. Um alemão de nome Johann (Peter Ketnath) dirige um caminhão carregado de frascos de Aspirina e filmes com propagandas do produto. Nessa viagem, Johann conhece um país, ao mesmo tempo que escapa das notícias da guerra. Ranulpho (João Miguel), morador de uma pequena vila, faz o percurso inverso, ou seja, está indo buscar uma vida melhor no promissor e industrializado sudeste do país e, para isso, deixa sua pequena cidade natal rumo ao Rio de Janeiro. Numa estrada árida e desabitada, acontece o encontro ocasional desses dois personagens. Interesses em comum e a promessa de cada um chegar ao seu destino, faz com que Johann e Ranulpho partam nessa aventura juntos e, aos poucos, surgirá entre eles uma forte amizade.
Comentário: Segundo Rubens Ewald Filho, "Pernambuco faz poucos filmes, mas tem demonstrado sempre talento (como em 'Baile Perfumado') e ousadia ('Amarelo Manga'), que se confirmam neste filme ganhador de prêmios no Festival de Cannes (um deles muito curioso, do Ministério da Educação, que exibirá o filme durante três anos em DVD em todas as escolas públicas do país). Não seria exagero afirmar que este foi o filme brasileiro mais querido e admirado pelo público e pelos jornalistas na Mostra de São Paulo. Depois foi indicado como representante brasileiro no Oscar 2007, mas não ficou entre os finalistas. Além de original, 'Cinema, Aspirinas e Urubus' tem realmente algo de encantador e irresistível a começar de sua história diferente. É quase um filme de estrada, passado em 1942, quando um alemão que fugiu da guerra encontra um brasileiro, Ranulpho, que escapa da seca. O que o alemão pretende é sair vendendo aspirinas, exibindo uma espécie de documentário que vende o remédio como milagroso. Mas o filme é basicamente sobre a amizade que nasce entre os dois, nas condições mais difíceis. O diretor Marcelo Gomes estreia com muita segurança e bom humor, contando uma história que lhe foi contada por seu avô, chamado também Ranulpho".