4.12.10

"O Homem Que Ri" - Paul Leni (EUA, 1927)

Sinopse: Na Inglaterra do século XVII, o garoto Gwynplaine (Conrad Veidt), herdeiro de um ducado, é sequestrado e, por ordem do rei, tem o rosto propositalmente desfigurado, ficando com um perpétuo riso macabro. Adulto, vira atração de feira, tornando-se um famoso palhaço. Como ele é criado por um filósofo que o adota após a morte de seu pai, ele acaba conhecendo Dea, uma cega também adotada, por quem se apaixona.
Comentário: Segundo Rubens Ewald Filho, "o diretor Paul Leni (1885-1929) fez uma curta carreira em Hollywood, abreviada por sua morte precoce, após se destacar no cinema expressionista alemão com obras como 'O Gabinete das Figuras de Cera', de 1924. Este foi seu melhor momento fora da Alemanha, um filme muito triste e sombrio baseado em romance de Victor Hugo e com ótima interpretação de Conrad Veidt (mais tarde famoso como o vilão nazista em 'Casablanca'), num papel que iria ser interpretado por Lon Chaney. O mestre da maquiagem Jack Pierce criou para Veidt uma prótese que forçava o sorriso estático, mas ao mesmo tempo possibilitava ao ator demonstrar emoções e expressões, e ele realmente impressiona na interpretação do personagem atormentado pela aparência desfigurada e em busca de um amor sincero. O filme é menos macabro e sinistro do que aparenta, na verdade um melodrama onde Leni usa de forma sutil os elementos expressionistas, mesclando-os com o estilo de drama histórico típico do cinema americano da época, com resultados extremamente interessantes."