Sinopse: Após a morte de Mao Tsé Tung, um pintor (Haiying Sun) sai do campo de trabalhos forçados e retorna à família. Com as mãos arruinadas para a pintura, ele descobre o dom do filho (Zhang Fan) para a arte, mas o menino não aceita o pai e resiste a seguir o destino que lhe é traçado.
Comentário: Segundo Luciano Ramos em seu livro "Os Melhores Filmes Novos" (Editora Contexto, 2009), “o jovem cineasta demonstra o pulso e a sensibilidade de um veterano, com um estilo neorrealista comparável ao de Ettore Scola. Claramente inspirado no pai do diretor, o protagonista é um pintor que, nos anos 1970, teve as mãos quebradas por ter sido acusado de refratário ao partido. Voltando para casa após uma temporada na prisão, não consegue mais trabalhar, nem se relacionar satisfatoriamente com o filho. O roteiro mostra a evolução desse relacionamento até os dias de hoje. Isso permite admirar a impressionante habilidade dramática do ator Haiying Sun, que até este filme só tinha trabalhado na TV chinesa. Ao contrário da igualmente talentosa Joan Chen, que interpreta a sua esposa e que já fez 49 filmes”. Um filme um pouco monótono na sua condução, mas importante e sensível. Vale ver.