27.6.16

"Dr. Mabuse – Parte 1: O Jogador" - Fritz Lang (Alemanha, 1922)

Sinopse: O bandido manipulador Dr. Mabuse (Rudolf Klein-Rogge) é um poderoso anarquista, que usa a influência de sua sugestão para roubar milionários e dominar a Bolsa de Valores. O procurador Wrenck sai à sua captura, mas sempre o Dr. Mabuse escapa usando suas habilidades em disfarces e seus poderes de hipnose.
Comentário: Fritz Lang (1890-1976) foi um cineasta, realizador, argumentista e produtor nascido na Áustria, mas que dividiu sua carreira entre a Alemanha e Hollywood. É considerado uma das maiores figuras do cinema alemão e o mais notável e proeminente diretor a emergir da escola do expressionismo alemão, juntamente com Friedrich Wilhelm Murnau, muito embora Lang tenha sempre negado qualquer relação com o movimento expressionista. Assisti dele a obra-prima "M, O Vampiro de Dusseldorf" (1931) e o ótimo "Vive-se Só Uma Vez" (1937). Desta vez vou conferir "Dr. Mabuse - Parte 1: O Jogador" (1922).
Trata-se da primeira parte da série ''Dr. Mabuse''. Segundo Luiz Santiago do site Plano Crítico, "Dr. Mabuse é um desafio à primeira vista". É um filme mudo que, juntando as duas partes, somam quase 5h de duração, sendo 155 minutos para a primeira parte (O Jogador) e 116 minutos para a segunda parte (O Inferno do Crime), totalizando 271 minutos. Essas duas partes, "por sua vez são subdivididas em atos, nos quais acompanhamos a história central sob duas perspectivas diferentes, uma mais filosófica e psicológica (a primeira parte) e outra mais sociológica e ligada ao ‘entretenimento expressionista’ (a segunda parte). Escrito por Fritz Lang e sua esposa Thea von Harbou, o roteiro de Dr. Mabuse foi baseado na obra de Norbert Jacques, e teve uma meta dramática simples: apresentar a história do doutor do título, um psicanalista, apostador, manipulador criminoso e hipnotizador que usava de suas habilidades para enganar outros apostadores, controlar ações na Bolsa de Valores, induzir seus inimigos ao suicídio ou mandar matá-los. Homem de negócios, cidadão comum, viciado em jogos de azar e de homens, doente mental: esse “homem das mil faces” é, ao mesmo tempo, uma representação de todos os controladores sociais e vítima patética de seus próprios jogos". 
O que eu achei: Filme mais que obrigatório na filmografia do mestre.