Sinopse: Trata-se da história da menina de 14 anos (Kirsten Dunst) que, para fortalecer a amizade entre a Áustria e a França, é enviada à Versailles para se casar com Luis XVI (Jason Schwartzman). Ingênua e pouco preparada para a corte e para os infortúnios da política, ela se transforma na rainha mais incompreendida da França.
Comentário: Filme baseado no livro "Maria Antonieta: A Última Rainha" de Antonia Fraser. A última de fato, pois com a tomada da Bastilha e a Revolução Francesa, esse casal será o último rei e rainha do país. O filme ganhou o Oscar de Melhor Figurino. Segundo Ricardo Calil, do Guia da Folha, "com 'Maria Antonieta', Sofia Coppola conseguiu o feito de realizar um filme absolutamente pessoal sobre uma figura histórica. Para tanto, ela enxergou na trajetória da rainha mais desprezada da França uma antiga versão do principal tema de sua obra: a sensação de deslocamento vivida por uma jovem mulher. Em 'Encontros e Desencontros' (2003), tratava-se de uma americana perdida na Tóquio contemporânea. No novo filme, é a vez de uma austríaca na Versalhes do século 18. (...) 'Maria Antonieta' foi acusado por parte da crítica de ser superficial. Mas o filme se propõe justamente a fazer uma crônica da superficialidade da nobreza da França. Seu problema é a incapacidade de radiografar a sensação de não-pertencimento com a mesma delicada precisão de 'Encontros e Desencontros', por causa do caráter dispersivo de sua narrativa. Mas o novo filme tem a mesma qualidade onírica do anterior, como se a cineasta filmasse não uma realidade, mas um sonho sobre aquela realidade - sensação acentuada aqui pela trilha pop. Para Sofia, a atmosfera vem antes da história (ou, no caso, da História)".