Sinopse: Trata-se da cinebiografia de Harvey Milk (1930-1978), um político norte-americano que assumiu sua homossexualidade publicamente nos anos 70 e lutou pelo direito dos gays. Ele foi o primeiro homossexual assumido a ser eleito a um cargo público nos EUA: supervisor do condado de São Francisco, na Califórnia. Sua trajetória foi interrompida por um adversário político chamado Dan White que, numa crise pessoal-profissional, matou no mesmo dia o prefeito de São Francisco e Harvey Milk (Sean Penn), com tiros à queima-roupa.
Comentário: Gus Van Sant (1952) é um cineasta e roteirista norte-americano. Formou-se pelo Rhode Island School of Design. Lá foi influenciado pela pintura e pelo cinema experimental. Em 1981, ele filmou com um baixo orçamento o filme "Alice in Hollywood", que nunca foi lançado. Trabalhou para uma agência de publicidade a fim de ganhar dinheiro. Com o dinheiro que ganhou, dirigiu o filme independente "Mala Noche" (1985) que contém alguns temas constantes de sua obra como a homossexualidade e uma abordagem do absurdo. "Mala Noche" foi bem recebido pelos críticos. Desde então ele dirigiu vários filmes. Assisti dele o ótimo "Elefante" (2003) e o bom "Últimos Dias" (2005). Desta vez vou conferir "Milk - A Voz da Igualdade" (2008).
Gus Van Sant é assumidamente gay. Ele dirigiu filmes como "Últimos Dias" (cinebiografia de Kurt Cobaim, do Nirvana), "Elefante" (sobre adolescentes que promovem um massacre numa escola americana) e "Paranoid Park" (um olhar sobre a juventude). Em todos esses filmes há algo novo, criativo e diferente na abordagem.
O que eu achei: A narração é linear e o filme é sóbrio. São bem executadas as turvas misturas entre imagens de arquivo, de época, e as atuais, tudo feito em Super-8. O resultado é excelente, super recomendo.