12.12.10

"Fotos Proibidas" - Frank Pierson (EUA, 2000)

Sinopse: Quando Dennis Barrie (James Woods), o diretor do Centro de Artes Contemporâneas de Cincinnati, decide exibir fotografias de Robert Mapplethorpe, que tinham um conteúdo controverso e já tinham sido rejeitadas em outras galerias, a exposição causa polêmica antes mesmo da sua inauguração. Simon Leis (Craig T. Nelson), o xerife do condado, resolve fazer de tudo para colocar Barrie na cadeia. Logo no dia da estréia membros do Grande Júri estavam no centro de artes e consideraram sete fotografias obscenas. Determinado a lutar pelo seu objetivo, Barrie encara o sofrimento e o risco de perder o emprego e a família para proteger o direito prometido aos cidadãos norte-americanos na constituição: a liberdade de expressão.
Comentário: Vencedor do Globo de Ouro de melhor filme de TV. Segundo Mauricius Farina do site Studium 29, "a arte contemporânea americana no final dos anos 80 estava ocupada pelo debate sobre a censura, e dois artistas que trabalhavam com fotografia, Robert Mapplethorpe (1946-1989) e Andres Serrano (1950-) estavam no centro da batalha. O senador republicano Jesse Helms indignou-se, já que tanto a retrospectiva de Mapplethorpe quanto as fotografias de Serrano, 'Cristo do Mijo' em particular, tinham sido financiadas parcialmente com dinheiro público. Para a irritação dos moralistas, a arte não é subserviente, não admite imposições externas ao juízo do artista. O limite entre o que é e o que não é arte não é um juízo de valor ou de moral. Não se trata de seguir um manual de bom comportamento ou mesmo de procurar refletir sobre uma pedagogia ética. A noção de uma determinação do valor cultural partilhado por um bem comum não cabe na arte, não no sentido de algo que deve ser dirigido a alguém como uma verdade, a arte não lida com o pré-conceito. É resultado de uma expressão que extrapola o nível ordinário de uma comunicação, é a possibilidade que cada indivíduo tem de se pensar como o articulador de uma relação que envolve o desenvolvimento de materialidades e de singularidades, de conceitos, e mais que tudo de um porvir de sensibilidade, de sentimento e não de sentimentalismos".