Sinopse: Explorando o máximo da linguagem visual que a montagem oferecia, Vertov mostrou a população soviética no seu dia a dia num caleidoscópio visual urbano deslumbrante.
Comentário: Este foi o projeto cinematográfico mais ambicioso de Dziga Vertov. Inicialmente seria uma série de seis filmes, que no final ficou apenas este. Segundo a Videoteca da PUC, o filme é "uma obra prima do Cinema Revolucionário Soviético, que narra a celebração da vitória da Revolução Comunista na Rússia (1917). Utilizando-se da metáfora da câmera olho o diretor aponta para o nascimento de um novo ser humano, o homem moderno, o homem-máquina que nasce da revolução do proletariado. Agora este novo homem possui o poder de controlar o tempo, voltar ao passado e desaliená-lo, dando-lhe a consciência necessária para criar a cultura proletária na qual será herdada pelos jovens leninistas. Esta obra nos proporciona uma aula do método materialista histórico dialético aplicado na forma como que Vertov monta as imagens e seu discurso. “Câmera Olho” mostra-nos como que tal trabalho foi de fundamental importância para a criação do imaginário soviético."