15.2.24

“Better Call Saul” - Vince Gilligan & Peter Gould (EUA, 2015-2022)

Sinopse:
Jimmy McGill (Bob Odenkirk) é um advogado de pequenas causas que tenta acertar sua vida financeira. Além da fracassada carreira no direito, ele precisa cuidar do irmão mais bem-sucedido, Chuck (Michael McKean), que embora seja um brilhante advogado, está passando por um grave problema de saúde mental. Aos poucos Jimmy começa a perceber que sua vocação está mais para defender criminosos do que pessoas comuns. Cada vez mais procurado pelos fora-da-lei ele acaba mudando de nome transformando-se em Saul Goodman. Conforme sua fama cresce, seu envolvimento com pessoas perigosas aumenta estendendo-se ao cartel de drogas do México, dentre eles Nacho Varga (Michael Mando) e Tuco Salacamanca (Raymund Cruz).
Comentário: A série é um prequell (passa-se seis anos antes) de outra série famosa chamada “Breaking Bad” (2008-2013). Em “Breaking Bad” o personagem Jimmy McGill (Bob Odenkirk) já utiliza o codinome Saul Goodman, sendo ele o infame advogado que ajuda os traficantes de drogas Walter White (Brian Cranston) e Jesse Pinkman (Aaron Paul) a tentar se livrar das garras da polícia.
O série fez tanto sucesso que resolveram criar “Better Call Saul” atendo-se especialmente ao personagem de Jimmy McGill. Através dela vamos saber como se deu o processo dele virar um advogado de criminosos, mostrando como ele ingressou nesse submundo da advocacia. O interessante é que, além do prequell, em paralelo vamos saber também o que ocorreu com o advogado no futuro, ou seja, após “Breaking Bad”. Para facilitar a identificação de passado e futuro, a série optou por contar o passado a cores e o futuro em P&B. Ou seja, além de saber como tudo começou, saberemos também como termina a carreira do advogado.
Com seis temporadas e 63 episódios, a jornada de Saul Goodman é repleta de altos e baixos, demonstrando, de forma muito profunda, a corrupção humana.
Tal como “Breaking Bad”, “Better Call Saul” recebeu uma enorme aclamação por parte da crítica, obtendo diversos prêmios.
O que eu achei: “Breaking Bad” - que deve ser assistido antes de “Better Call Saul” - foi uma série tão incrivelmente ótima que confesso que comecei a assistir a este sem esperar nada. A primeira temporada requer um aviso: dê tempo ao promissor Saul lembrando-se que “Breaking Bad” também demorou alguns episódios para se tornar o clássico reverenciado que é. Após passar por essa primeira etapa, a segunda temporada tende a se tornar mais palatável e viciante. Na terceira você já começa a perceber que a série pode vir a ser tão boa quanto “Breaking Bad”. Na 4ª temporada ocorre uma tragédia e um clima triste e melancólico toma conta da trama, cheguei a achar que a série iria desandar, mas que nada. A temporada 5 retoma a vivacidade dos episódios e a 6ª e última temporada já vai te deixando melancólico logo nos primeiros episódios pois você já sabe que o final está próximo. É um seriado sem atalhos preguiçosos, com uma escrita de roteiro excelente, enredo ótimo, tudo unido por uma variedade convincente de personagens. “Better Call Saul” honra a série antecessora. Valeu cada minuto. Imperdível. Disponível na Netflix.