Comentário: A reflexão que o filme faz se dá através de entrevistas com filósofos, sociólogos e historiadores. É interessante pensar que o tempo, a princípio, não existia ou não era percebido, até o ser humano habitar o planeta. O que chamamos de passado e de futuro não existem. E o presente é algo imensurável, é um instante menor do que um segundo. O surgimento da internet suprime ainda mais o espaço e, aqui neste ambiente, o mundo se resume a tempo. As redes sociais são úteis, mas são o suprassumo do capitalismo: você gasta seu tempo produzindo matérias, de graça, para alguém lucrar com isso. Tempo é dinheiro. E por aí o documentário segue alertando, inclusive, sobre o nascimento do transumanismo, algo que já se encaminha e que serviria para estender o tempo do homem na Terra, alterando seu DNA, misturando o orgânico com o cibernético ou mesmo transferindo sua consciência para uma máquina onde continuaríamos a existir sem o corpo. Seria isso bom? Existir sem o corpo seríamos, de fato, nós mesmos? Como viver sem a esperança do fim, sem a redenção final? Co-direção de Walter Carvalho.
