15.3.15

"Caverna dos Sonhos Esquecidos" - Werner Herzog (França/EUA/Reino Unido/Canadá/Alemanha, 2010)

Sinopse: Com um acesso sem precedentes e superando desafios técnicos consideráveis, Werner Herzog capturou em 3D o interior da Caverna Chauvet, no sul da França, onde foram descobertos centenas de desenhos rupestres em 1994. O diretor revela um mundo subterrâneo impressionante, com pinturas que têm em média 32 mil anos de idade.
Comentário: Segundo Léo Freitas do Cinema com Rapadura, "Em 1994, exploradores franceses descobriram na região sul do país uma fenda na inóspita região do rio Ardeche. A saída de ar, para alegria do grupo, indicava que ali existia uma gruta inexplorada. O que não esperavam era que ali estava uma das mais importantes relíquias históricas da civilização: uma caverna que contava com as mais antigas pinturas rupestres da História, duas vezes mais antigas do que as que, anteriormente, se tinha notícia. Entre os responsáveis pela produção estão o History Channel e o Ministério da Cultura Francês que, percebendo a mina de ouro que tinha em seu território, aproveitou a oportunidade para injetar um farto investimento e permitiu acesso livre do renomado cineasta alemão Werner Herzog. (...) Vencedor do National Society of Film Critics Awards de 2012 na categoria de Melhor Filme Não-Ficção, o longa explora minuciosamente a Caverna Chauvet (batizada em homenagem ao explorador Jean-Marie Chauvet, líder da empreitada). (...) 'A Caverna dos Sonhos Esquecidos' se embrenha em um didatismo necessário, porém cansativo. Com uma narração em off arrastada e sonolenta do próprio Herzog, o longa ainda tenta manter a linha e prender a atenção do espectador (apesar do ritmo naturalmente lento), mas as incontáveis suposições contidas nos depoimentos de especialistas tornam o episódio uma aula de História que se rende ao documentário didático televisivo. (...) Lento e contemplativo (as pinturas, obviamente por tratar-se de um documento histórico, são mostradas à exaustão em diversos planos e closes), o documentário se agarra a um encantamento que abusa de expressões como 'um local congelado pelo tempo' e 'uma cápsula do tempo perfeita', além de comparar o local com poesias, quadros e, até mesmo, uma ópera de melodrama. De fato, uma obra de público específico, mas que corre o risco de não passar de um exercício histórico cansativo".